Jornalista denuncia arapongagem contra escritores. Arapongate no Espaço Cultural de Taguatinga Como nos velhos tempos ditatoriais do Brasil, segue um fato revelador. Trata-se da história de arapongas, aqueles que foram infiltrados pelos militares como alunos profissionais nos cursos universitários e no movimento estudantil de várias universidades, principalmente na UnB, nos anos 70 e 80, onde se passavam por alunos dos cursos de Letras e de Direito, assumindo inclusive cargos nos respectivos centros acadêmicos e nos conselhos do DCE e da UNE. Estes atuam até hoje com desenvoltura em seminários de cultura, grupos culturais, coletivos, conselhos, escolas, academias de letras, associações e cooperativas, especialmente de Taguatinga, sempre do lado de "agentes culturais", professores e estudantes de orientação totalitária. Suas ações são quase sempre as de colocar mais lenha na fogueira de discussões acaloradas, principalmente as de caráter obscuro como, por exemplo, as que se voltam contra a permanência da Academia Taguatinguense de Letras no Espaço Cultural de Taguatinga e o fechamento da sua Biblioteca com um acervo de mais de 7 mil livros e documentos históricos sobre Taguatinga, Brasília e todo o Distrito Federal. Ou seja, com o discurso fascista e excludente, determinados “grupos culturais”, apoiados pelo espectro da arapongagem, perseguem escritores e instituições como a ATL, com 26 anos de existência, em nome de projetos mal elaborados e pouco compreensíveis. Apenas com o intuito de distorcerem os fatos. A arapongagem está solta nas dependências do Teatro da Praça e na ATL, esta última teve telefones grampeados, e-mails clonados e o fornecimento de luz elétrica cortado. Enquanto sofre com essa política rasteira e daninha, a ATL divulga a cultura de Taguatinga em eventos de projeção nacional como a Semana de Ciência e Tecnologia, Bienal Brasil do Livro e da Leitura, além de ser homenageada na Câmara Legislativa, no Congresso Nacional, em várias escolas e faculdades como baluarte da cultura do Distrito Federal. Vivemos em um suposto estado de direito democrático, mas, infelizmente, os fantasmas do obscurantismo teimam em nos assustar por meio de pessoas e grupos caóticos e oportunistas. Mas como disse Mário Quintana, “eles passarão, eu passarinho”. Maria Félix Fontele Jornalista e escritora Acadêmica Honorária da ATL
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